sábado, 20 de julho de 2013

Reflexão para o XVI Domingo do Tempo Comum

Cidade do Vaticano (RV) - O tema da liturgia deste domingo, por coincidência, nesta ocasião em que o Brasil se prepara para receber o Santo Padre Francisco e milhares de jovens oriundos do mundo inteiro, é a hospitalidade. 

Tanto na primeira leitura, que fala da visita de Deus a Abraão e Sara, como no Evangelho, que relata a visita de Jesus Cristo a Lázaro, Marta e Maria, Deus vem a nós como qualquer pessoa e deseja ser acolhido.

A primeira leitura versa sobre a tarefa que temos quando fazemos um ato de caridade, de solidariedade a pessoas desconhecidas. Temos dificuldades porque ignoramos quem é a pessoa, não conhecemos seu modo de ser e de agir e nos sentimos inseguros. Por outro lado, temos a alegria de saber que iremos acolher uma pessoa que, com prazer, vem até nós, que confia em nosso amor, em nossa capacidade de acolher. Nessa ocasião nos lembramos das palavras de Jesus: “Quem acolhe um desses pequeninos, me acolhe e quem me acolhe, acolhe o Pai que me enviou.” Abraão não sabia que acolhia Deus, mas só no final teve consciência de que hospedou e serviu o Deus Altíssimo nas pessoas daqueles três homens. Também nós acolhemos essa juventude estrangeira em nome de Jesus, em nome de Deus. Eles estão vindo para um encontro com o Senhor, além de se encontrarem também com o Vigário desse mesmo Senhor, o Papa, Vigário de Jesus Cristo.

Na primeira leitura, três desconhecidos chegaram à tenda de Abraão em um momento inoportuno. Fazia o maior calor do dia e Abraão fazia sua sesta. Todavia, ao vê-los ao longe, ele se levanta e se dirige aos visitantes e lhes dá as boas-vindas. Faz com que se sintam à vontade, traz água para que lavem os pés e vai tomar outras providências para bem recebê-los. Mais tarde, aparece com uma lauta refeição: pão quentinho, carne assada de novilho, coalhada e leite. O texto não cita, mas certamente tâmaras e outras frutas faziam parte da refeição, além de outras bebidas.

Podemos dizer que, com sua generosidade, Abraão providenciou o máximo que ele podia e ofereceu um autêntico banquete do deserto.

Abraão não se senta, permanece de pé. Ele está disponível para servi-los, chama-os de "meu Senhor". Por outro lado, os visitantes se comportam de modo diferente de outras visitas e perguntam pela dona da casa e demonstram saber seu nome. Ao fazerem alusão à sua esterilidade, promete-lhes um filho no espaço de um ano.

Já o relato da visita de Jesus à família de Betânia traz à nossa reflexão a dimensão espiritual que pode conter uma visita e sua acolhida, como a atual visita do Papa Francisco e dos jovens provenientes do mundo inteiro.

Na preparação da casa para acolher esses hóspedes tão ilustres, certamente as donas de casa e seus colaboradores estiveram e estão muito atarefados para que nada falte aos visitantes e para que todos se sintam muito bem acolhidos.

No Evangelho, Marta age do mesmo modo e reclama da irmã porque se sente só nos afazeres domésticos. Certamente existe no coração dela uma pontinha de ciúmes da irmã que está sentada escutando o Senhor.

Jesus não critica Marta por chamar sua irmã para ajudá-la nos afazeres e nem elogia Maria porque, aparentemente, está desligada, não percebendo o "sufoco" da irmã. Marta é censurada por Jesus porque está "preocupada e agitada por muitas coisas"; está dispersa em meio a tantos afazeres. Maria é elogiada porque está na "escuta da Palavra", de Jesus, a Palavra do Pai.

Por outro lado, Marta deveria ter-se envolvido no trabalho somente após ter escutado a Palavra. Isso faria com que ela buscasse o equilíbrio e não caísse na agitação e no excesso de trabalho.

Certamente, Maria viu a reação da irmã e se levantou, colocou o avental e foi trabalhar. Por sua vez, Marta deixou o avental e foi acalmar-se aos pés de Jesus, quando este a censurou.

A acolhida mais importante é a feita à Palavra de Deus. Ela irá nos ensinar a acolher todas as pessoas. Contudo, seremos mais felizes se estivermos no seguimento de Abraão e de Maria, acolhendo a Palavra nos dois sentidos: tanto em escutar o Senhor, a Palavra encarnada, como em servi-la com nossos préstimos, deixando que ela fale através de nossos gestos, acolhendo o Verbo em nós, para oferecê-lo aos outros, como fez Maria de Nazaré.

Do mesmo modo como Maria de Betânia e como Maria de Nazaré, com serenidade, conservemos tudo no silêncio de nosso coração.

Deixemos de lado o oba oba da viagem de Francisco ao Brasil e prestemos atenção em suas homilias, em seus recados falados e não falados. Do mesmo modo, o jovem hóspede que está em nosso lar, nos traz a presença universal da Igreja, o anúncio do Evangelho feito ao mundo inteiro. Como os cristãos do Livro dos Atos dos Apóstolos, ouçamos com carinho e atenção sua palavra e saibamos que sob o teto de nosso lar está um enviado de Deus.
(CAS)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/07/20/reflex%C3%A3o_para_o_xvi_domingo_do_tempo_comum_/bra-712030
do site da Rádio Vaticano 

domingo, 7 de julho de 2013

Papa Francisco aos seminaristas, noviços e noviças: Desejo uma Igreja missionária

Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre encontrou-se na tarde deste sábado, na Sala Paulo VI, no Vaticano, com os seminaristas, noviços, noviças, e os jovens que estão no caminho vocacional. 

Em sua reflexão, o Papa Francisco chamou a atenção para um perigo constante, ou seja, a cultura do provisório:

"Eu não culpo vocês. Reprovo esta cultura do provisório que não nos faz bem, pois uma escolha definitiva hoje é muito difícil. Na minha época era mais fácil, porque a cultura favorecia uma escolha definitiva tanto para a vida matrimonial, quanto para a vida consagrada ou sacerdotal, mas nesta época não é fácil uma escolha definitiva. Nós somos vítimas desta cultura do provisório."

O Papa frisou que o chamado é primeiramente uma alegria que não nasce do possuir o último modelo de smartphone, de moto ou carro:

"Digo realmente a vocês que me sinto mal quando vejo um sacerdote ou uma religiosa com um carro chique. Não pode ser assim! Reconheço que o carro seja necessário, pois nos ajuda a nos mover com facilidade. Comprem um carro mais simples. E se você gostou do carro bonito, pense nas muitas crianças que morrem de fome. Somente isso."

O Santo Padre destacou que a "alegria nasce do sentir-se dizer: Você é importante para mim. É isso que Deus nos faz entender. Ao nos chamar, Deus nos diz: Você é importante para mim, eu te quero bem, conto contigo. Entender isso é o segredo de nossa alegria. Sentir-se amados por Deus, sentir que para Ele não somos números, mas pessoas. Sentir que é Ele quem nos chama. Tornar-se sacerdote, religioso e religiosa não é antes de tudo uma escolha nossa, mas a resposta a um chamado e um chamado de amor".

"Essa alegria é contagiosa. Não pode haver santidade na tristeza", disse o Santo Padre que deu uma forte indicação aos jovens sobre o voto de castidade, "um caminho que amadurece na paternidade e maternidade pastoral":

"Vocês, seminaristas e religiosas consagrem o seu amor a Jesus, um grande amor; o coração é para Jesus e isso nos leva a fazer o voto de castidade, o voto de celibato. Mas os votos de castidade e do celibato não terminam no momento do voto, continua. Quando um sacerdote não é pai de sua comunidade, quando uma religiosa não é mãe de todos aqueles com os quais trabalha, se tornam tristes. Este é o problema. A raiz da tristeza na vida pastoral é a falta de paternidade e maternidade que vem da maneira de viver mal esta consagração, que nos deve levar à fertilidade. Não se pode pensar num sacerdote ou numa religiosa que não são fecundos: isso não é católico! Isso não é católico! Esta é a beleza da consagração: é a alegria, a alegria".

Enfim, o Papa convidou os presentes a saírem de si mesmos para encontrar Jesus na oração e sair para encontrar os outros, e acrescentou: "Eu desejo uma Igreja missionária":

"Dêem sua contribuição em favor de uma Igreja assim: fiel ao caminho que Jesus quer. Não aprendem conosco, que não somos mais jovens; não aprendam conosco aquele esporte que nós, os velhos, muitas vezes fazemos: o esporte da reclamação. Não aprendam conosco o culto da reclamação. É uma deusa que se lamenta sempre. Sejam positivos, cultivem a vida espiritual e, ao mesmo tempo, sejam capazes de encontrar as pessoas, especialmente as desprezadas e desfavorecidas. Não tenham medo de sair e caminhar contracorrente. Sejam contemplativos e missionários. Tenham sempre Nossa Senhora com vocês. Rezem o Terço, por favor. Não o abandonem. Tenham sempre Maria em sua casa e rezem por mim, porque eu também preciso de orações, pois sou um pobre pecador." (MJ)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/07/07/papa_francisco_aos_seminaristas,_novi%C3%A7os_e_novi%C3%A7as:_desejo_uma_igreja/bra-708333
do site da Rádio Vaticano 

Papa Francisco: A nossa alegria é ser discípulos e amigos de Jesus


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco rezou o Angelus deste domingo, 07 de julho, da janela da residência pontifícia, com milhares de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro.

Na alocução que precedeu a oração mariana, o pontífice manifestou a alegria de ter partilhado com os seminaristas, noviços e noviças a peregrinação especial do Ano da Fé e pediu aos fiéis para que rezem por eles a fim de que amadureça cada vez mais em suas vidas o amor por Cristo e se tornem verdadeiros missionários do Reino de Deus".

"O Evangelho deste domingo nos diz que Jesus não é um missionário isolado, não quer cumprir sozinho a sua missão, mas envolve os seus discípulos. Vemos que além dos Doze Apóstolos, ele chama outros setenta e dois e os manda aos povoados, dois a dois, para anunciar que o Reino de Deus está próximo. Isso é muito bonito! Jesus não quer agir sozinho. Ele veio trazer ao mundo o amor de Deus e quer difundi-lo com o estilo de comunhão e fraternidade. Por isso, forma imediatamente uma comunidade de discípulos, que é uma comunidade missionária. Ele forma imediatamente os discípulos para a missão, para ir."

O Santo Padre sublinhou que "o objetivo não é socializar, passar o tempo juntos, não. O objetivo é anunciar o Reino de Deus e isso é urgente! Não há tempo a perder com conversa, não é preciso esperar o consenso de todos. É necessário ir e anunciar. A todos devemos levar a paz de Cristo e se não a acolherem, vamos em frente. Aos doentes se leva a cura, porque Deus quer curar o ser humano de todo mal. Quantos missionários fazem isso! Eles semeiam vida, saúde e conforto nas periferias do mundo".

"Estes setenta e dois discípulos que Jesus manda à sua frente, quem são eles? Quem eles representam? Se os Doze são os Apóstolos e representam também os bispos, os seus sucessores, esses setenta e dois podem representar os outros ministros ordenados, presbíteros e diáconos; mas num sentido mais amplo, podemos pensar em outros ministérios na Igreja, nos catequistas e fiéis leigos que trabalham nas missões paroquiais, naqueles que trabalham com os doentes, com as várias formas de desconforto e marginalização, mas sempre como missionários do Evangelho, com a urgência do Reino que está próximo."

O Evangelho nos diz que os setenta e dois voltaram de sua missão cheios de alegria, porque tinham experimentado o poder do Nome de Cristo contra o mal. Jesus confirma isso. A esses discípulos Ele dá a força para destruir o mal, mas acrescenta: "Contudo, não se alegrem porque os maus espíritos obedecem a vocês; antes, fiquem alegres porque os nomes de vocês estão escritos no céu". Não devemos nos vangloriar como se fôssemos os protagonistas: o protagonista é o Senhor, a sua graça. A nossa alegria é somente essa: ser seus discípulos, seus amigos. Que Maria nos ajude a ser bons operários do Evangelho.

Após a oração do Angelus, Francisco recordou a publicação, na última sexta-feira, da Encíclica Lumen fidei (Luz da fé).

"Para o Ano da Fé, o Papa emérito Bento XVI iniciou esta encíclica, após a da caridade e esperança. Eu peguei esse projeto e o concluí. Eu o ofereço com alegria a todo o Povo de Deus. Hoje, especialmente precisamos ir ao essencial da fé cristã, precisamos aprofundá-la e confrontá-la com as problemáticas atuais. Acredito que esta encíclica, pelo menos em algumas partes, poderá ser útil para aqueles que estão à procura de Deus e do sentido da vida. Eu a coloco nas mãos de Maria, ícone perfeita da fé, para que possa dar os frutos que o Senhor deseja."

O Santo Padre saudou todos os presentes, particularmente os jovens da Diocese de Roma que se preparam para ir ao Rio de Janeiro na Jornada Mundial da Juventude. "Queridos jovens, eu também estou me preparando! Caminhemos juntos rumo a esta grande festa da fé. Que Maria nos acompanhe."

Enfim, o Papa Francisco saudou as Irmãs Rosminianas e as Franciscanas Angelinas que realizam seus Capítulos Gerais e os responsáveis pela Comunidade de Santo Egídio que vieram de vários países para o curso de formação. (MJ)




Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/07/07/papa_francisco:_a_nossa_alegria_%C3%A9_ser_disc%C3%ADpulos_e_amigos_de_jesus/bra-708316
do site da Rádio Vaticano 

Seminario de Vida no Espirito Santo


Convite para conferência

Convite:

Convidamos a todos para uma conferência amanhã (segunda-feira), dia 08 de julho, na Paróquia São Pio X das 19:30h às 21:30h com o Padre Juarez Farias sobre os seguintes temas: O inconsciente e a paranormalidade, telepatia, clarividência, sonhos premonitórios, manifestações do inconsciente, parapsicologia e fé, distúrbios psicóticos, 0s 15 tipos de depressão, autoconhecimento da personalidade, comorbidade da personalidade, hipnose e regressão de idade. 

Entrada franca.