terça-feira, 18 de junho de 2013

Acompanhe a rádio Vaticano e veja esta matérias e outras sobre o Papa Francisco através do nosso blog

Congresso dos Juristas Lusófonos sobre a Família


Cidade do Vaticano (RV) – O Pontifício Conselho para a Família e a Academia de Juristas de Língua Portuguesa organizam, nesta terça e quarta-feira, na sede do Conselho para a Família, em Roma, o I Congresso dos Juristas de Língua Portuguesa.

O evento realiza-se por ocasião do 30° aniversário da “Carta dos Direitos da Família”, publicada, em outubro de 1983, pelo Pontifício Conselho para a Família e dirigida a todas as pessoas, instituições e autoridades, que trabalham em prol da família no mundo contemporâneo.

O documento responde a uma solicitação explícita do Sínodo dos Bispos de , reunido em , cujo objetivo era aprofundar o tema: "O papel da família cristã no mundo contemporâneo".

O Papa, na Exortação Apostólica acolheu a solicitação dos bispos e solicitou aos órgãos competentes da Santa Sé que publicassem um documento apropriado. Nasce assim a “Carta dos Direitos da Família”, que apresenta aos organismos internacionais, governos e a todas as pessoas, também não cristãs, uma formulação completa dos direitos fundamentais desta sociedade natural e universal, que é a família.

Hoje, após 30 anos da sua publicação, sua atualidade parece de grande relevo, porque a família continua ameaçada e enfernta novos e difíceis desafios.

Um mundo globalizado e mais aberto, que, em geral, cria um mundo mais rico, faz com que as camadas mais pobres da sociedade se tornem mais pobres e as famílias sejam mais excluídas e necessitadas.

Os participantes no Congresso debatem, nestes dois dias, diversos desafios que a família enfrenta em nossos dias: a fragilidade do matrimônio, o trabalho e o compromisso com a educação dos filhos, os idosos nas famílias, a ausência das famílias nos ordenamentos jurídicos.

Participam neste Congresso Internacional de Juristas Lusófonos, 30 especialistas que abordarão os temas propostos pelo organismo vaticano, a partir da realidade dos países, de onde são provenientes. O Brasil está representado por sete participantes.
O Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia inaugura os trabalhos, nesta manhã, com uma reflexão sobre o tema: “Família, recurso da sociedade”. A seguir, entre outros, o Presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo, Dr. José Horácio Ribeiro também oferecerá aos presentes a sua contribuição sobre a realidade da família em nosso país. (MT)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/06/18/congresso_dos_juristas_lus%C3%B3fonos_sobre_a_fam%C3%ADlia/bra-702510
do site da Rádio Vaticano 

Inicio da preparação do Novenário e festa de São Pio X


sábado, 15 de junho de 2013

Editorial: O suicido da humanidade

Cidade do Vaticano (RV) - Hoje no mundo são mais de 20 os países que vivem a tragédia dos conflitos, da guerra, e muitas dessas, internas, irmãos contra irmãos, dramas totalmente desconhecidos ou esquecidos. Parece que nesta nossa sociedade tecnológica as guerras e conflitos somente existem quando as câmeras de televisão jogam para dentro de nossas casas, a dor, o sofrimento e o cheiro da morte. Caso contrário, a guerra é só uma palavra que o tempo gastou de tanto ser usada. Ganha nossa atenção nesses últimos dias as revoltas internas dos jovens na Turquia, mas também o martírio de civis na vizinha Síria, onde segundo a ONU desde o início da revolta interna mais de 90 mil pessoas perderam a vida. Interessa-nos, talvez, porque as imagens nos falam da tristeza de povos que num certo sentido tem muita ligação conosco, com o Brasil. O drama vivido por muitos povos, e agora pelo povo sírio é mais um grito da loucura que se consuma e produz morte, tristeza e milhões de refugiados.São novas guerras no Oriente Médio, são tragédias em diferentes países, tudo isso à sombra da crise econômica que atinge a Europa. Estamos também vivendo um ano marcado por acontecimentos econômicos; nações que até poucos anos eram consideradas verdadeiras potências mundiais, passaram a sentir o gosto amargo da crise econômica. “A guerra é o suicido da humanidade”, disse dias atrás o Papa Francisco, porque mata o coração e mata o amor. Já o Beato João Paulo II antes da primeira guerra no Golfo sentenciava que a guerra é uma “aventura sem retorno” onde todos perdem. A guerra ofende a Deus e fere a humanidade, é um mal profundo. Mas por que ainda hoje devemos ouvir que a guerra impera em certas regiões do nosso planeta? Tudo gira em torno do poder, da busca do poder de uns sobre outros, do poder econômico que não conhece limites, da indiferença da dor do próximo, da busca de “soberania” que os “grandes” desejam e que para obter escolhem a estrada do conflito, da guerra, da subjugação.O poder, o dinheiro, são mais importantes do que o ser humano. A guerra é exatamente isso, – disse Papa Francisco – “um ato de fé ao dinheiro, aos ídolos do ódio, que leva a matar o irmão”. Hoje até “Deus chora pela nossa loucura”, pela nossa falta de consciência do valor da vida, do valor da humanidade.Apesar do mundo dizer que deseja a paz, apesar das muitas convenções internacionais tentarem garantir a paz e os direitos humanos da população, o que vemos na realidade dura e crua são operações bélicas obedecendo somente uma regra, a lei do mais forte, a lei das armas: quem tem armas, tem poder, domina. João Paulo II dizia que “a guerra é o meio mais bárbaro e o menos eficaz de todos para resolver quaisquer conflitos”. Na audiência geral da última quarta-feira na Praça São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco falou das muitas guerras ainda existentes hoje, inclusive entre cristãos. Como isso pode acontecer? No nosso bairro, no trabalho, na família, quantas guerras internas por inveja, ciúme. “Peçamos ao Senhor que nos faça entender a lei do amor, disse o Papa. Quanto é belo nos amarmos como verdadeiros irmãos”. Palavras que até parecem uma utopia, um pensamento contracorrente, sem sentido num mundo onde a voz do mais forte ecoa e faz baixar a cabeça do mais fraco e débil. Por que é tão difícil as pessoas pensarem que a guerra traz resultados imprevisíveis e que é causa somente de mais sofrimento, enquanto o diálogo é porta para a esperança, para a solução? Podemos mudar a situação, essa realidade marcada pelo ódio, pela busca de poder, em síntese, pelo mal. Mas tudo deve começar por nós mesmos no nosso mundo, na nossa família, no nosso trabalho, na nossa comunidade, na nossa Igreja. Sim porque também ali a inveja pode imperar e o orgulho soberbo dominar. Somos pequenas luzes que podem, juntas – como disse o Papa Francisco -, iluminar essa grande escuridão de hoje, provocada pela indiferença e falta de amor. Sim a alternativa à guerra, à violência, ao ódio, ao desconforto, à indiferença existe, e ela se chama amor, diálogo; amor que destrói o egoísmo, diálogo, que reconhece no outro a sua dignidade; e ainda a paz, fruto da justiça, que tanto o homem anseia. O desejo de realizar tais vontades pode mudar e fazer uma nova história do homem, mas para isso é preciso coragem, sim, a coragem de homens livres, cheios de esperança e de amor. Assim podemos evitar o “suicido da humanidade”. (Silvonei José)


do site da Rádio Vaticano

Reflexão para o XI Domingo do Tempo Comum

Cidade do Vaticano (RV) - O Rei Davi comete pecados gravíssimos e não se dá conta do que fez, desconhece totalmente sua responsabilidade. A graça de Deus vai em seu socorro através da palavra do Profeta Natã. A pedagogia do profeta se baseia em não falar diretamente ao rei, que ele pecou, mas conta a história colocando a responsabilidade do fato em uma terceira pessoa. O senso de justiça de que Davi é possuidor vem à tona e ele se indigna de tal modo que condena à morte tal pecador. Nesse momento Natã declara que ele, Davi, é o pecador da história.Davi tem a luz, a compreensão e diz: “Pequei contra o Senhor”. Davi estava acorrentado à sua cobiça e isso o impedia de se reconhecer pecador e de ser contrito. Precisou a graça de Deus, através da visita do Profeta, para que ele tivesse a lucidez necessária.No Evangelho, temos algo semelhante. Um fariseu – exatamente um daqueles que queriam se destacar pelo perfeito cumprimento da Lei – oferece um jantar festivo a Jesus. Com a porta da casa aberta e a multidão na entrada – era Jesus quem estava lá dentro – uma pecadora adentra na residência e vai para a sala do banquete. Ela busca Jesus! Posta-se atrás do Senhor e chora tanto seus pecados que lava os pés de Jesus com suas lágrimas. Em seguida os enxuga com seus cabelos, os cobre de beijos e os unge com perfume. A cena é fantástica: o Mestre recebe homenagem afetuosa de uma pecadora! Um simples empregado não faria isso, lavaria com água, mas não os enxugaria com seus cabelos e nem os beijaria.


Nesse instante, o dono da casa faz um juízo depreciativo em relação a Jesus. Se ele soubesse quem ela era, não permitiria que a cena ocorresse. O Senhor lê o pensamento do anfitrião e vai abrir para a ele as portas do Céu. Chegou a hora da graça para Simão!

Jesus lhe conta uma história e lhe pergunta, ao final, qual dos dois devedores perdoados amariam mais o credor? Simão responde que seria o que foi mais perdoado. Jesus o elogia pelo juízo correto e traz para a conversa a situação pouco antes vivida. O Mestre diz que os pecados da mulher foram perdoados porque ela muito amou e que ele, Simão, cometeu várias omissões em relação ao seu homenageado. O não cumprimento das prescrições para bem acolher, mostrou desatenção para com o convidado.

Pecar está na área da desatenção, do menosprezo e tem suas implicações na questão do amor de Deus. Davi e Simão, o fariseu, tiveram dificuldade em se aceitarem pecadores. Foi preciso a intervenção divina. E nós? Reconhecemo-nos pecadores? Também estamos acorrentados ao nosso “complexo de perfeição”, com a consciência errada de que jamais pecamos? Se nos sentirmos pecadores e nos arrependermos, o amor virá a nós e seremos perdoados.

Em sua Carta aos Gálatas, Paulo escreveu que “ninguém é justificado por observar a Lei de Moisés, mas por crer em Jesus Cristo” e Jesus Cristo é a misericórdia de Deus. Em Cristo tudo é graça! Fomos perdoados e redimidos pelo amor de Jesus. (CA)


Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/06/15/reflex%C3%A3o_para_o_xi_domingo_do_tempo_comum_%E2%80%93_c/bra-701745

do site da Rádio Vaticano

sexta-feira, 14 de junho de 2013

“São Pedro não tinha conta bancária”, afirma Papa Francisco

Colaboração: Edjane Paixão 

São Pedro não tinha conta bancária. A pregação do Evangelho é algo gratuito”. Francisco afirmou nesta quarta-feira que com uma Igreja rica, “a Igreja envelhece” e “não tem vida”, durante a homilia da missa que celebra desde a sua eleição todas as manhãs na paróquia de Santa Marta. A reportagem está publicada no sítio Religión Digital, 11-06-2013. A tradução é do Cepat.
 
O papa argentino, como já afirmou em outras ocasiões, reiterou a necessidade de que a Igreja “seja testemunha da pobreza” e acrescentou que “São Pedro não tinha conta bancária”. Em referência à passagem da Bíblia em que Jesus pede aos seus apóstolos para que “não levem nos cintos nem moedas de ouro ou de prata”, o Papa Jorge Bergoglio insistiu em que “a pregação do Evangelho é algo gratuito”.
O pontífice afirmou que na Igreja sempre se caiu “nesta tentação” e “isto criou um pouco de confusão” e fez com que “o anúncio (do Evangelho) pareça proselitismo”.
“O anúncio do Evangelho tem de ir pelo caminho da pobreza (...) Esta pobreza nos salva de nos convertermos em organizadores e empresários. Temos que continuar realizando os trabalhos da Igreja, mas com um coração de pobreza, não com o coração do investimento ou do empresário, não?”, disse Bergoglio.
Na missa, concelebrada, entre outros, pelo arcebispo Gerhard Ludwig Müller, participaram os sacerdotes e colaboradores da Congregação para a Doutrina da FéFrancisco indicou que o Senhor quer que o anúncio “se faça com simplicidade”, essa simplicidade “que deixa lugar ao poder da Palavra de Deus”, porque se os Apóstolos não tivessem tido fé na Palavra de Deus”, “talvez teriam feito outras coisas”.
Papa Francisco indicou a “palavra-chave” das consignas dadas por Jesus: “o que de graças recebestes, de graças dai”. Tudo é graça, acrescentou, e “quando nós queremos agir de tal modo que a graça” “é deixada de lado, o Evangelho não tem eficácia”.
“A pregação evangélica nasce da gratuidade, do estupor da salvação que chega; o que recebi gratuitamente, devo dá-lo gratuitamente”, continuou.
“E desde o princípio isto era assim – disse: São Pedro não tinha uma conta bancária, e quando teve que pagar os impostos, o Senhor o mandou ao mar para pescar um peixe e encontra a moeda dentro do peixe, para pagar. Felipe, quando se encontra com o ministro da economia da rainha de Candace, não pensou: ‘Ah, bem... vamos fazer uma organização para apoiar o Evangelho...’. Não! Não fez negócios com ele: anunciou, batizou e seguiu em frente”.
O Reino de Deus, prosseguiu, “é um dom gratuito”. E revelou que, desde as origens da comunidade cristã, esta atitude se viu submetida a tentações.
Mais, “na Igreja sempre existiu esta tentação”, e isto cria “um pouco de confusão”, advertiu, já que “o anúncio parece proselitismo, e por esse caminho não se vai em frente”. O Senhor, acrescentou, “nos convidou para anunciar, não para fazer prosélitos”.
Citando Bento XVI, destacou que “a Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração”. E esta atração, prosseguiu, vem do testemunho “daqueles que desde a gratuidade anunciam a gratuidade da salvação”.
“Tudo é graça. Tudo. E quais são os sinais de que um apóstolo vive esta gratuidade? Há muitos, mas destacarei apenas dois: em primeiro lugar a pobreza. O anúncio do Evangelho deve estar acompanhado da pobreza. O testemunho desta pobreza: não tenho riquezas, minha riqueza é apenas o dom que recebi – Deus. Esta gratuidade é nossa riqueza! E esta pobreza nos salva de nos convertermos em organizadores e empresários... Devem ser levadas a cabo nas obras da Igreja, e algumas são muito complexas, mas com coração de pobreza, não com o coração do investimento ou de um empresário, não?”.
“A Igreja – acrescentou – não é uma Ong: é outra coisa, mais importante, e nasce desta gratuidade, recebida e anunciada”. A pobreza, afirmou, “é um dos sinais desta gratuidade”.
O outro sinal, acrescentou o Papa Francisco, “é a capacidade de louvor. Quando um apóstolo não vive esta gratuidade, perde a capacidade de louvar ao Senhor”. Louvar ao Senhor “é essencialmente gratuito, é uma oração gratuita: não pedimos, somente louvamos”.
“Estes dons são os sinais de que um apóstolo vive esta gratuidade: a pobreza e a capacidade de louvar ao Senhor. E quando encontramos apóstolos que querem fazer uma Igreja rica e uma Igreja sem a gratuidade do louvor, a Igreja envelhece, a Igreja se converte em uma Ong e não tem vida. Peçamos ao Senhor, hoje, a graça de reconhecer esta gratuidade: ‘Gratuitamente recebestes, gratuitamente dai’. Reconheçamos esta gratuidade, o dom de Deus. Vamos também adiante com esta gratuidade na pregação evangélica.
 
Fonte: Instituto Humanitas

''A Igreja do Evangelho é pobre e gratuita'', afirma Francisco

Colaboração: Edjane Paixão

"A pregação evangélica nasce da gratuidade, do estupor da salvação que vem. E aquilo que eu recebi gratuitamente, eu devo dar gratuitamente."
Publicamos aqui trechos da homilia do Papa Bergoglio da última terça-feira, em Santa Marta. Os excertos foram publicados no sítio da Radio Vaticana, 11-06-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.
"Não leveis nem ouro, nem prata, nem dinheiro em vossos cintos". O Papa Francisco desenvolveu a sua homilia partindo da exortação dirigida por Jesus aos Apóstolos enviados a anunciar o Reino de Deus. Um anúncio, disse, que o Senhor "quer que seja feito com simplicidade". Aquela simplicidade "que abre espaço ao poder da Palavra de Deus", porque, se os Apóstolos não tivessem tido "confiança na Palavra de Deus", "talvez teriam feito outra coisa".
Papa Francisco, portanto, indicou a "palavra-chave" das indicações dadas por Jesus: "Gratuitamente recebestes, gratuitamente dai". Tudo é graça, acrescentou, e "quando nós queremos fazer de um modo em que a graça" seja "deixada um pouco de lado, o Evangelho não tem eficácia".
"A pregação evangélica nasce da gratuidade, do estupor da salvação que vem. E aquilo que eu recebi gratuitamente, eu devo dar gratuitamente. E, desde o início eles eram assim. São Pedro não tinha uma conta no banco e, quando teve que pagar os impostos, o Senhor mandou-o ao mar para pescar um peixe e encontrar a moeda dentro do peixe, para pagar. Filipe, quando encontrou o ministro da economia da rainha Candace, não pensou: 'Ah, bem, façamos uma organização para sustentar o Evangelho...'. Não! Ele não fez um 'negócio' com ele: ele anunciou, batizado e foi embora".
O Reino de Deus, continuou, "é um dom gratuito". E destacou que, desde as origens da comunidade cristã, essa atitude foi sujeita à tentação. Há, disse, "a tentação de buscar força" em outros lugares do que na gratuidade, enquanto a "nossa força é a gratuidade do Evangelho".
Além disso, ele enfatizou que "sempre, na Igreja, houve essa tentação". E isso cria "um pouco de confusão", advertiu, já que, assim, "o anúncio parece proselitismo, e por esse caminho não se pode ir". O Senhor, acrescentou, "nos convidou a pregar, não a fazer prosélitos".
Citando Bento XVI, ele afirmou que "a Igreja cresce não por proselitismo, mas por atração". E essa atração, continuou, vem do testemunho "daqueles que, a partir da gratuidade, proclamam a gratuidade da salvação".
"Tudo é graça. Tudo. E quais são os sinais de quando um apóstolo vive essa gratuidade? Há muitos, mas eu sublinho apenas dois: primeiro, a pobreza. O anúncio do Evangelho deve ir pelo caminho da pobreza. O testemunho dessa pobreza: eu não tenho riquezas, a minha riqueza é apenas o dom que eu recebi, Deus. Essa gratuidade é a nossa riqueza! E essa pobreza nos salva de nos tornarmos organizadores, empresários... É preciso levar adianta as obras da Igreja, e algumas são um pouco complexas. Mas, com coração de pobreza, não com coração de investimento ou de um empresário, não?".
"A Igreja – acrescentou – não é uma ONG: é outra coisa, mais importante, e nasce dessa gratuidade. Recebida e anunciada". A pobreza, portanto, reiterou, "é um dos sinais dessa gratuidade". O outro sinal, acrescentou o Papa Francisco, "é a capacidade de louvor: quando um apóstolo não vive essa gratuidade, perde a capacidade de louvar ao Senhor". Louvar o Senhor, de fato, "é essencialmente gratuito, é uma oração gratuita: não pedimos, somente louvamos".
"Esses dois são os sinais de que um apóstolo vive essa gratuidade: a pobreza e a capacidade de louvar o Senhor. E quando encontramos apóstolos que querem fazer uma Igreja rica e uma Igreja sem a gratuidade do louvor, a Igreja envelhece, a Igreja se torna uma ONG, a Igreja não tem vida. Peçamos hoje ao Senhor a graça de reconhecer essa gratuidade: 'Gratuitamente recebestes, gratuitamente dai'. Reconhecer essa gratuidade, esse dom de Deus. E também nós seguirmos em frente na pregação evangélica com essa gratuidade".
 
Fonte: Instituto Humanitas

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Papa Francisco: rezar com o coração, não com as ideias

Cidade do Vaticano (RV) – Como todas as manhãs, o Papa celebrou a missa na capela da Casa Santa Marta.

Em sua homilia, comentou a história de Tobit e Sara, da primeira leitura do dia, que vivem situações dramáticas. Tobit fica cego, colacando em risco a própria vida. Sara casa com sete homens que morrem na noite de núpcias. Eles se lamentam, mas não blafesmam:

“Lamentar-se diante de Deus não é um pecado. O Senhor ouve, escuta as nossas lamentações. Pensemos em Jó, que diz: ‘Maldito o dia em que vim ao mundo...’. Também Jeremias, no capítulo 20: ‘Maldito o dia…’. Lamentam-se inclusive com uma maldição, mas não ao Senhor, mas àquela situação.”

Isso é humano, disse o Papa. Há tantas situações trágicas, como crianças desnutridas, refugiados, doentes terminais. Mas a essas pessoas devemos pensar com a nossa carne, com o nosso coração; e não de maneira acadêmica, com as estatísticas, mas sim humana. Nesses casos, é preciso fazer o que diz Jesus, ou seja, rezar:

“Rezar por elas. Elas devem entrar no meu coração, devem ser uma inquietação para mim: o meu irmão sofre, a minha irmã sofre. Eis...o mistério da comunhão dos Santos: rezar ao Senhor. Rezar, permitam-me dizer, com a carne: que a nossa carne reze. Não com as ideias. Rezar com o coração”.

Mesmo pedindo para morrer, as orações de Tobit e Sara se dirigem ao Senhor, nos dão esperança porque foram de alguma maneira acolhidas por Deus, que cura Tobit e dá finalmente uma marido a Sara. “As orações sempre chegam à glória de Deus, sempre, quando vêm do coração”, afirmou.

Por fim, Francisco convidou a rezar por quem vive situações dramáticas e sofrem tanto e como Jesus na Cruz, que gritam: ‘Pai, por que me abandonaste?’. “Rezemos para que a nossa oração chegue e seja um pouco de esperança para todos nós.”



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/06/05/papa_francisco:_rezar_com_o_cora%C3%A7%C3%A3o,_n%C3%A3o_com_as_ideias/bra-698537
do site da Rádio Vaticano 

No Dia Mundial do Meio Ambiente, Francisco pede o fim da "cultura do desperdício"

Cidade do Vaticano (RV) – A Praça S. Pedro ficou lotada mais uma vez para a Audiência Geral desta quarta-feira.

O Papa dedicou inteiramente sua catequese à natureza, por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente, promovido pelas Nações Unidas, que este ano lança um apelo contra o desperdício de alimentos.

Quando falamos de meio ambiente, disse o Papa, o pensamento remete às primeiras páginas da Bíblia, ao Livro do Gênesis, onde se afirma que Deus colocou o homem e a mulher sobre a terra para que a cultivassem e a guardassem.

Mas é o que estamos fazendo?, questionou o Pontífice. “Esta indicação de Deus não foi feita só no início da história, mas a cada um de nós. É nossa responsabilidade fazer com que o mundo se torne um jardim, num local habitável por todos. Mas nós, ao invés, somos muitas vezes guiados pela soberba do domínio, da posse, da manipulação, da exploração. Estamos perdendo a atitude do estupor, da contemplação, da escuta da criação. Isso acontece porque pensamos e vivemos de modo horizontal, nos afastamos de Deus.”

Todavia, esta responsabilidade de “cultivar e guardar” não diz respeito somente à natureza, mas compreende também as relações humanas. Francisco lembrou que seus predecessores falaram de ecologia humana intimamente relacionada à ecologia ambiental. A crise que hoje se vive, e que se reflete no meio ambiente, é sobretudo humana. E alertou: “A pessoa humana está em perigo!” E o perigo é grave porque a causa do problema não é superficial, mas profunda: não é somente uma questão de economia, mas de ética e de antropologia.

“A Igreja já falou isso várias vezes; e muitos dizem: sim, é verdade.... mas o sistema continua o mesmo. O que domina são as dinâmicas de uma economia sem ética. Hoje, o dinheiro comanda. Deste modo, homens e mulheres são sacrificados aos ídolos do lucro e do consumo: é a “cultura do descartável”. Se um computador quebra, é uma tragédia, mas a pobreza, as necessidades, os dramas de tantas pessoas acabam por fazer parte da normalidade…”

Esta “cultura do descartável” tende a se tornar mentalidade comum, que contagia a todos. A vida humana já não é sentida como o valor primário a respeitar e tutelar, especialmente se é pobre ou deficiente, se não serve – como o nascituro –, ou não serve mais – como idoso.

“Esta cultura do descartável nos tornou insensíveis também aos desperdícios e aos restos de alimentos – o que é ainda mais deplorável quando muitas pessoas e famílias sofrem fome e desnutrição em várias partes do mundo. O consumismo nos induziu a nos acostumar com o supérfluo e ao desperdício cotidiano de comida. Lembremo-nos, porém, que o alimento que jogamos fora é como se o tivéssemos roubado da mesa do pobre, de quem tem fome!”

Jesus não quer desperdício, lembrou o Papa. Depois da multiplicação dos pães e dos peixes, mandou recolher os pedaços que sobraram, para que nada se perdesse. Quando o alimento é repartido de modo justo, ninguém carece do necessário.

“Convido todos a refletirem sobre o problema da perda e do desperdício de alimento para identificar vias que sejam veículo de solidariedade e de compartilha com os mais necessitados. Ecologia humana e ecologia ambiental caminham juntas. Gostaria então que todos assumissem seriamente o compromisso de respeitar e proteger a criação, de estar atento a cada pessoa, de combater a cultura do desperdício e do descartável, para promover uma cultura da solidariedade e do encontro.”

Depois da catequese, o Papa saudou os grupos presentes na Praça. Dos peregrinos de língua portuguesa, fez uma saudação especial aos fiéis diocesanos de Curitiba com o seu Arcebispo, Dom Moacyr Vitti.
(BF)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/06/05/no_dia_mundial_do_meio_ambiente,_francisco_pede_o_fim_da_cultura_d/bra-698521
do site da Rádio Vaticano 

Orientações litúrgicas (Parte final)

3 - A CELEBRAÇÃO

3.1 - As intenções da missa
É aconselhável orientar que os que desejarem fazer suas intenções cheguem antes, pois, normalmente, são sempre as mesmas pessoas. É bom separar as intenções: pelos falecidos, pedidos, agradecimentos... Evite-se as repetições dos sobrenomes e, sobretudo, a fórmula: "pela alma de...". É mais bonito dizer: "Nesta missa rezaremos pelo descanso eterno de nossos irmãos...."; ou, "Hoje rezamos por nossos irmãos/as falecidos...." "Pedimos ao Senhor por...."; "Agradecemos as graças recebidas...."

3.2 - Comentário inicial
O comentarista, antes de tudo, saúda as pessoas com naturalidade e simpatia. O comentário não deve ser uma simples leitura do folheto. Alguns lêem tudo: "Deus Conosco". "Vigésimo Domingo do Tempo Comum"... "Deus Conosco" é o nome do folheto e não faz parte do comentário inicial. É mais bonito dizer: "Hoje celebramos o Vigésimo Domingo do Tempo Comum".
Quando é o folheto litúrgico (O Domingo, Deus Conosco...) é distribuído para a comunidade, a equipe de celebração deve ler os comentários e preces constantes no folheto; não adianta criar outros comentários e preces porque aí o povo não acompanha nem o folheto e nem a redação inovadora.
3.3 - Procissão de entrada
A ordem da procissão de entrada é a seguinte: A Cruz Procissional, o Círio Pascal (sobretudo no tempo pascal), os leitores, MECEs, coroinhas e o celebrante. Nas missas ou cultos com batizados, os pais podem entrar com as crianças logo depois da cruz. O sentido da procissão de entrada é lembrar que somos um povo peregrino em direção da casa do Pai. Significa também o desejo sincero de buscar e encontrar Deus.
É importante avisar o presidente se haverá ou não a Procissão de Entrada. Não tem sentido o padre se paramentar na sacristia e depois atravessar toda a igreja para iniciar a procissão de entrada. Isso tira o sentido da ação litúrgica.
Na Procissão de Entrada, devemos andar com passos normais e com boa postura. Não se deve correr nem caminhar devagar demais. A equipe de celebração deve entrar duas a duas e não uma na frente da outra.
Durante a procissão de entrada, a Cruz ou o Lecionário/Bíblia deve ser levantado acima da cabeça, e não estar à altura do umbigo.
A entrada da imagem de Nossa Senhora ou do Santo Padroeiro, pode ser feita antes da procissão de entrada ou na mesma. Nesse caso, a imagem vai depois da cruz.
Chegando ao altar, não é preciso virar-se para o povo com a cruz, Bíblia e velas e esperar terminar o canto de entrada. Isso acontece, sobretudo com os coroinhas. Ao chegar ao altar cada objeto deve ser colocado imediatamente no seu lugar.
É importante que cada um saiba o lugar a ocupar no presbitério. Ao chegar em frente o altar, fazer genuflexão onde houver o Santíssimo e uma inclinação onde não houver.
A procissão começa com o canto de entrada.

3.4 - A Liturgia da Palavra
(confira o que foi dito sobre os leitores)

3.5 - Apresentação das ofertas
Esse momento da liturgia chama-se APRESENTAÇÃO DAS OFERTAS e não "ofertório". A igreja oferece a Deus o Corpo e Sangue de Jesus. Por isso, o verdadeiro ofertório acontece logo depois da consagração. Esse é o momento de apresentar os dons, sobretudo do pão e do vinho que serão transformados no Corpo e Sangue de Jesus. Por isso, é importante apresentar o pão e o vinho que serão consagrados. Os outros objetos trazidos ao altar deveriam ser doados aos pobres, ou repartidos após a celebração. Não tem sentido apresentar a Deus alguma coisa e depois da missa ir buscar e levar para casa.
Quando houver procissão das ofertas, o comentarista deve explicar o sentido daquilo que é trazido ao altar. Os objetos apresentados devem ser colocados no lugar apropriado, à parte. Nunca sobre o altar. Apenas o pão e o vinho usados na celebração devem ser colocados sobre o altar. Se os objetos forem colocados diante do altar, é preciso tomar cuidado para não esconder o altar.
As ofertas devem ser trazidas numa atitude de apresentação: à altura do peito, ou do rosto. Não é preciso ficar parado diante do altar mostrando-as à assembléia.

3.6 - Ação de Graças
Se a houver Ação de Graças (canto ou oração), deve ser feita logo depois da comunhão. A Ação de Graças deve concordar com o sentido da celebração. Ao contrário, as homenagens são feitas após a oração de conclusão da comunhão.

3.7 - Avisos
Cabe ao coordenador da comunidade dar os avisos, ou designar alguém para isso. Os avisos devem ser feitos depois da oração que conclui a comunhão.

Tríduo em honra ao Sagrado Coração de Jesus


Orientações Litúrgicas (PARTE 03)

2 - AS FUNÇÕES

2.1- A Equipe de Acolhida
A equipe de acolhida, onde houver, deve chegar antes ao local da celebração para acolher as pessoas que chegam. A acolhida deve ser feita com alegria, simpatia e simplicidade. Tudo com muita naturalidade. As desavenças pessoais não devem dificultar um sorriso e um aperto de mão à porta da igreja. O membro da equipe de acolhida podem entregar os folhetos para a celebração ou deixar essa função com as crianças ou para os coroinhas. Cabe à equipe de celebração acompanhar os idosos até o banco; providenciar um lugar para as mães com crianças de colo ou para as grávidas. É também dever da equipe de acolhida fazer com que as pessoas entrem na igreja e não fiquem paradas na porta. Sempre que necessário, a equipe de celebração poderá organizar as procissões, principalmente a das ofertas. No final da celebração a equipe estará na porta da igreja agradecendo a presença das pessoas e convidando para a próxima celebração.

2.2 - Os coroinhas
É muito louvável que haja coroinhas. Mas eles devem ser instruídos. Por exemplo, explicar-lhes que devem levar ao altar primeiramente o cálice, os cibórios com hóstias a serem consagradas e depois o vinho e a água. O trabalho principal deles é servir o altar. Cabe a eles trazer ao altar as ofertas do pão e do vinho, quando não houver procissão das ofertas. Também cabe a eles segurar as velas ao lado do padre na hora da leitura do Evangelho. E também trazer ao altar as ofertas dos fiéis.

2.3 - O comentarista
O comentarista deve ser o animador da celebração. Não é papel dele fazer sermões, dar "broncas", chamar atenção das pessoas. Muito menos, é um militar que dá ordens. Portanto nunca deve dizer: "de pé", "sentados"... como dando ordens. Mas faça um convite educado: "podemos ficar sentados", "fiquemos em pé". Não é tarefa do comentarista ler as intenções de missas, anunciar cantos ou rezar o Salmo Responsorial. A tarefa principal dele é ajudar a comunidade a celebrar dignamente. Por isso, deve estar bem preparado, e não ser um simples leitor do folheto. Deve estar vestido com sobriedade. Cabe ao comentarista dar as boas-vindas aos presentes, mas com naturalidade e não insistindo para que o povo responda, assim: "Não ouvi! Bom Dia a todos!" Fazer o comentário inicial e convidar o povo para o inicio da celebração; fazer o comentário antes das leituras e no ofertório se houver a procissão das ofertas. Os avisos podem ser feitos pelo comentarista, mas, preferencialmente, é uma atribuição do coordenador da comunidade.

2.4 - Os MECEs
Os Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística, como o nome diz, devem auxiliar o padre na distribuição da comunhão aos fiéis durante a celebração. Não devem ocupar o lugar dos coroinhas. Depois do Pai-nosso, já devem buscar os cibórios do sacrário e deixá-los no altar.

2.5 - Os Cantores
O canto na liturgia é sempre uma oração. É preciso cantar com o coração e não dar um show ou fazer espetáculo. Deve-se cantar o canto certo na hora certa. O canto acompanha a ação litúrgica. Por isso deve estar integrado ao momento da celebração. Assim: o canto de entrada termina quando o presidente chega no altar; o canto de ofertório só tem sentido enquanto o padre apresenta as ofertas e o canto de comunhão durante a comunhão dos fiéis. Não se deve cantar todas as estrofes dos cantos, mas apenas as necessárias para acompanhar os ritos.
Os cantos devem ser escolhidos com critérios, apropriados para cada momento da celebração. Sobretudo nas partes fixas da missa: Ato Penitencial, Glória, Santo, Cordeiro de Deus. Esses cantos devem ser cantados inteiros.
Não é porque na letra do canto tem a palavra Santo ou Glória que seja adequado para aquele momento. Por exemplo: na hora do Santo, cantar o canto "O Senhor é Santo, Ele esta aqui..."; ou na hora do Glória, o canto "Na beleza do que vemos Deus nos fala ao coração..."; ou "João viu o número dos redimidos...". Há muitos cânticos, que, embora contendo uma mensagem linda, não são litúrgicos.
É louvável cantar os refrões da Oração Eucarística e, sobretudo, o Amém da doxologia final. Mas, é preciso que os cantores estejam atentos para não deixar silêncios na oração.
O presidente da celebração deve ser avisado antes da missa sobre as partes fixas que serão cantadas: Ato Penitencial, Glória, Santo, Refrões da Oração Eucarística, Amém da doxologia, Cordeiro; tudo isso deve constar na Ficha Litúrgica.
Quanto ao "Cordeiro de Deus...", quando não for cantado, deve ser iniciado por um cantor; ou, o comentarista, ou um ministro... Não cabe ao padre iniciá-lo.
O canto não é patrimônio de alguns. Toda a assembléia deve cantar e não "assistir um grupo cantar". A função do grupo de cantos é ajudar o povo a cantar. Ninguém deve cantar no lugar do povo. É preciso também evitar cantos exclusivos de um ou outro movimento de espiritualidade. Por exemplo: cantar somente cantos da Renovação Carismática só porque eles são os responsáveis pela celebração. A Missa não é exclusividade dos movimentos eclesiais.
É preciso estar atento para uma certa "inflação de cantos", sobretudo no início da missa. Canta-se o canto de entrada, o Sinal da Cruz, o ato penitencial e o Glória.
Os ensaios de canto não devem ocupar todo o tempo até em cima da hora da missa. E nos ensaios é preciso evitar repreensões, broncas, exibicionismos...
Os instrumentos musicais devem ser afinados antes e não quando a igreja já está repleta de gente. O mesmo se faça com o ajuste dos microfones.
O som dos instrumentos musicais não deve abafar a voz da assembléia, mas apenas sustentar o canto.
Alguém do grupo deve anunciar os cantos com clareza: "Cantemos o canto número...". Ao anunciar o canto é bom esperar o povo levantar-se ou sentar-se, porque o barulho impede que se ouça o que é dito. Ao anunciar o canto de entrada nunca dizer: "Fiquemos em pé para receber o celebrante com o canto...". O canto de entrada não é para receber o padre, e sim para iniciar a celebração.

2.6 - Os leitores
Quando na Igreja se lêem as Escrituras, é Deus que fala. O leitor empresta a sua voz a Deus. Conclui-se daí que os leitores devem preparar bem a leitura, isto é, a Proclamação. O leitor deve proclamar a Palavra de Deus e não apenas ler. As palavras devem nascer do coração e não apenas dos lábios. Por isso, é preciso escolher pessoas que lêem bem. Os leitores usem trajes adequados para a celebração.
As leituras sejam feitas do Lecionário ou da Bíblia e não do folheto. O lugar adequado para as leituras é a Mesa da Palavra ou Ambão.
O leitor não se faça esperar. Coloque-se à Mesa da Palavra para iniciar a leitura sem demora, não deixando um 'vazio' na celebração. Não deve dizer: Primeira Leitura; Segunda Leitura; muito menos ler a citação bíblica. Mas iniciar diretamente a Leitura citando o Livro bíblico de onde foi tirado o texto: Leitura da Profecia de...; Leitura da Carta de São Paulo aos...
A procissão solene da Palavra não precisa ser feita em todas as missas. O Lecionário deve ser levado na procissão de entrada por um dos leitores.
Quando houver uma entrada solene da Palavra, que seja bonita e não demorada; as pessoas devem caminhar com naturalidade e não com passos de câmara-lenta. A Bíblia ou Lecionário usado na procissão deve ser usado para as leituras. Não tem sentido trazer um livro e ler a Palavra de Deus de outro. Não se leva a Bíblia no ofertório, porque a liturgia da Palavra termina com a Oração dos fiéis.

2.7 - O Salmista
O Salmo responsorial faz parte da Liturgia da Palavra e não pode ser substituído por outro canto. Cantado ou rezado, o Salmo Responsorial é a resposta à Leitura proclamada. De preferência deve ser cantado ou rezado na Mesa da Palavra.
O salmista canta ou lê o refrão e a assembléia repete. Depois de cada estrofe se repete o refrão apenas uma vez. O mesmo vale para o final do salmo. Onde não há folheto litúrgico, o refrão pode ser projetado com datashow, com retropetor, ou, simplesmente, escrito num cartaz. No final de cada estrofe, o salmista pode levantar a cabeça para que a assembléia saiba que é sua vez de repetir o refrão. Evite-se repetir após as estrofes a ordem: "todos". O salmista não se faça esperar, criando um 'vazio na celebração'. Esteja posicionado perto da Mesa da Palavra para iniciar o Salmo logo após a primeira leitura.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Orientações Litúrgicas (Parte 02)

1 - O AMBIENTE

1.1 - A Sacristia
A palavra "sacristia" quer dizer "lugar sagrado". Assim, não deve ser um depósito de papéis, vasos, objetos, material de limpeza. Deve ter uma mesa onde o padre possa colocar seus pertences e preparar-se para celebrar dignamente. Na sacristia cria-se o clima de concentração para a celebração. Não deve ser lugar de "corre-corre", barulho, falatório, risadas...
Durante a celebração da missa ou do culto, as pessoas não devem ficar na sacristia, conversando, rindo... O sacristão/ã ou pessoa responsável pela igreja/capela deve ser informado sobre o que vai acontecer na celebração para preparar com antecedência o que for necessário: flores, velas, vestes, imagens, sobretudo o material para o batismo, quando houver.
Os coroinhas devem se vestir com antecedência e se postar na Procissão de Entrada. Em certas localidades, os coroinhas ficam esperando o padre na porta da igreja e correm para a sacristia para se vestir quando vêem o padre chegar, já em cima da hora.

1.2 - A igreja (igreja paroquial/capela)
A igreja, sede da paróquia ou capela, é um lugar sagrado, onde se reúne a verdadeira Igreja, Corpo Místico de Cristo. Deve estar sempre bem limpa e preparada para a celebração. Os responsáveis pela celebração devem evitar conversar em voz alta ou ficar andando de um lado para o outro, antes e depois da missa. Tudo deve ser preparado com antecedência.

1.3 - O Presbitério
O presbitério é o lugar onde está o altar da celebração. Durante a celebração, apenas o celebrante, os coroinhas e os ministros devem ocupar o presbitério. É importante que cada um ocupe seu lugar, que haja cadeiras suficientes para todos. Ninguém deve ficar de costas para o altar. Quando houver batismo, pais e padrinhos podem ocupar os primeiros bancos para acompanhar a celebração.

a) O ALTAR
É o centro de toda celebração. É a Mesa da Eucaristia. Deve ficar vários degraus acima do povo, de acordo com o tamanho do ambiente, para que todos os fiéis possam enxergar o padre. Velas e flores devem ficar fora do altar; no altar, unicamente, Missal Romano (no início), e depois, corporal-cálice-patena-cibório-sangüínio. O altar representa Jesus Cristo. Por isso, é importante que esteja sempre bem arrumado, com toalhas limpas e bem passadas. As toalhas podem ser da cor litúrgica ou branca. Também não devemos guardas coisas debaixo do altar. O altar não é prateleira de flores e outros objetos, nem estante para se fixar cartazes. As flores e enfeites devem ser colocados de modo que não escondam o altar. Nunca sobre ele. É preferível não usar flores do que usar flores artificiais ou flores murchas. No Advento e na Quaresma convém evitar o uso de flores. Nem mesmo as imagens devem ser colocadas sobre o altar. Para isso, se prepara uma mesa ou estante no lugar mais apropriado.

b) A CRUZ
Que seja de preferência uma cruz grande, usada na procissão de entrada. Será colocada à esquerda do altar. A Cruz Procissional deve ter uma haste bem grande.

c) O CÍRIO PASCAL
É o sinal do Cristo Ressuscitado. Lembra aos cristãos que cada domingo é a celebração da páscoa. O Círio deve ser novo a cada ano e abençoado pelo ministro competente por ocasião da Festa da Páscoa; portanto, não deve ser reutilizado nos anos seguintes. Providenciar os algarismos do ano em curso. O Círio Pascal deve ser colocado à direita do altar. É acesso em todas as celebrações (missas, cultos e batizados). Pode e deve ser enfeitado, sobretudo no tempo pascal. No Tempo Pascal, obrigatoriamente, deve ficar ao lado do altar; no Tempo Comum, pode ficar ao lado da Pia Batismal.

d) O AMBÃO
O ambão ou Mesa da Palavra é colocado à direita do altar e separado dele. Deve ser do mesmo material e da cor do altar. Ali devem ser proclamados as leituras e o evangelho. A Mesa da Palavra não deve ser usada pelos comentaristas, cantores ou para dar os avisos. Pode ser coberta por uma toalha ou faixa de tecido, desde que da mesma cor da toalha do altar. O ambão pode ter a Bíblia Sagrada, aberta e voltada para o povo; e, obrigatoriamente, o Lecionário Dominical (ou Semanal), voltado para quem proclama a Liturgia da Palavra. No ambão, não se use o folheto litúrgico. A homilia e as Preces da Comunidade podem ser feitas da Mesa da Palavra.
Em todas as comunidades, é necessário possuir o Missal Romano e o Lecionário (Dominical, Semanal e Santoral).

e) A SEDE

A Sede, também chamada de "cadeira do padre" deve ser colocada num lugar onde o celebrante possa ver a Mesa da Palavra e a Mesa da Eucaristia (altar). O padre preside a celebração, tanto a Liturgia da Palavra como a Liturgia Eucarística. A sede não deve ser ocupada pelos MECEs.

ORIENTAÇÕES LITÚRGICAS (PARTE 01)


Texto escrito pelo Pe. José Carlos Fonsatti; acréscimos do Pe. Lourenço Mika.

NORMAS GERAIS

A celebração da Missa é o memorial da morte e ressurreição de Jesus. Não é apenas uma recordação do que aconteceu há tantos anos atrás. Não é um teatro e nem uma representação. Mas em cada celebração da eucaristia, atualiza-se nos nossos altares aquele único e supremo sacrifício de Cristo na cruz. Por isso. a Eucaristia deve ser celebrada com muito respeito e devoção.
Devemos evitar dois exageros na celebração:
- o legalismo, que é o apego às normas, um rigorismo fechado não dando lugar a uma criatividade sadia prevista pelas normas litúrgicas;
- o liberacionismo, que desconhece ou passa por cima das normas litúrgicas, desrespeita o essencial da celebração, confunde criatividade com novidade, invencionices e caprichos pessoais.

Quem atua na celebração deve ter uma postura de fé e dignidade. Evite-se qualquer exibição, autopromoção. Tudo deve ser feito para a Glória de Deus e ajudar os fiéis na oração. Deus merece ser louvado com arte e bom gosto. E o povo tem direito a uma celebração bonita e digna.

Os participantes da equipe de celebração devem ter um especial cuidado com a roupa: vestidos muito curtos ou decotados, bermudas, camisas de clubes de futebol, camisetas com estampas de bandas de rock, chinelos etc... Os MECEs tenham sempre seus jalecos ou túnicas bem limpos.

Na celebração da Eucaristia há várias atribuições e funções. Cada um deve fazer o que lhe compete, cumprir a sua obrigação sem invadir o que é de competência de outro.

A equipe de celebração deve informar o padre que presidirá a missa, sobre o que será feito: cantos, procissões, ação de graças... Tudo deve ser feito em sintonia, união e comunhão. Isto pode ser feito mediante a Ficha Litúrgica, a ser preenchida com antecedência e entregue para o padre antes do início da celebração (modelo no final deste arquivo).

Morre aos 76 anos o prefeito de Japaratuba, padre Gerard

03/06/2013 - 10:22
Morre aos 76 anos o prefeito de Japaratuba, padre Gerard
Ele estava internado no Hospital São Lucas vítima de câncer
Padre Gerard Olivier (Foto: Aline Acioli)
Acabou de falecer no apartamento do Hospital São Lucas, aonde estava internado, o prefeito de Japaratuba, Padre Gerard Lothaire Jules Olivier (PT), o padre Geraldo Oliveira, 76.
Ele sofria de um câncer que foi detectado no pulmão, mas desencadeou uma metástase óssea. O estado de saúde do administrador se agravou na manhã desta segunda-feira, 3.
As informações sobre o velório e sepultamento serão divulgadas nas próximas horas pela assessoria da Prefeitura de Japaratuba.
Por Aldaci de Souza